top of page

O que é o Transplante de Medula Óssea (TMO)?

Apesar do nome, o transplante de medula óssea se trata de uma transfusão de sangue, o qual não necessita de nenhum tipo de cirurgia. Ele consiste na substituição de uma medula doente ou deficitária por células normais, no intuito de reconstituir sua função. O transplante é um tratamento proposto para algumas doenças, malignas ou não, que afetam as células do sangue.

O transplante é um procedimento que dura em média 90 minutos, mas se as células transplantadas forem de cordão umbilical, é realizado em 20 minutos. O paciente pode escolher algum familiar para estar presente no momento do transplante.

 

Tipos de transplantes

Existem três tipos de transplantes que, apesar de serem os mesmos procedimentos, recebem nomes diferentes devido à origem da medula. 

O transplante Alogênico se caracteriza pela seleção de um doador a partir de testes de compatibilidade, geralmente encontrado entre familiares ou em bancos de medula óssea. Se o seu doador é seu irmão gêmeo idêntico, o transplante leva o nome de Singênico, pois células provêm de gêmeos univitelinos. Já o transplante Autólogo é aquele em que você é seu próprio doador, ou seja, as células provêm do próprio paciente. Além destes tipos, existe também a técnica que permite guardar células estaminais hematopoiéticas do cordão umbilical do bebê, podendo ser utilizadas para tratamentos de câncer e outros problemas de saúde. 

 

Procedimentos

A coleta de medula óssea é um procedimento realizado no centro cirúrgico, sob anestesia geral ou peri-dural e pode ser feito de duas formas diferentes:

Uma técnica consiste em retirar as células da medula óssea dos ossos da bacia com agulhas especiais. A outra se caracteriza por retirar estas células por meio de uma máquina de aférese, na qual o sangue sai de uma veia, passa pela máquina que separa as células, e em seguida é devolvido em uma veia no outro braço.

As células retiradas, em ambos os processos, quando injetadas na veia, circulam na corrente sanguínea e se fixam na medula óssea previamente destruída por altas doses de quimioterapia. É a partir deste momento que se inicia o processo de recuperação hematológica do paciente, o que caracteriza o transplante.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quais doenças precisam de transplante?

O transplante é indicado para doenças que comprometem o funcionamento da medula, principalmente para doenças do sangue (doenças hematológicas), como anemias, mielodisplasias, linfomas e alguns tipos de leucemias (Anemia Aplástica Grave, Leucemia Mielóide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica, Leucemia Linfóide Aguda e Mieloma Múltiplo).

No caso da anemia aplástica, doença que se caracteriza pela falta de produção de células do sangue na medula óssea, o transplante substitui a medula improdutiva por uma sadia. Se a doença é a leucemia, tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos (leucócitos) afetando sua função e velocidade de crescimento, transplante é um procedimento complementar aos tratamentos convencionais. 

Confira a lista de doenças que precisam do transplante de medula óssea e seus sintomas aqui.

 

 

COMPATIBILIDADE

Para que a realização do transplante tenha sucesso é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor, a qual é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6, que devem ser iguais. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Possíveis sequelas

Os resultados são variáveis, depende muito da fase da doença em que o transplante é realizado, da idade do paciente, da compatibilidade do doador e da condição clínica do doente. No geral, os resultados são melhores quanto mais precocemente for realizado o transplante. 

 

 

Como é o processo?

Existem cinco etapas importantes para a realização do Transplante.

 

1ª - Pré-TMO:

É na fase antes do transplante que acontece o chamado condicionamento: quando o paciente prepara o seu corpo para receber as células sadias da medula óssea por meio do transplante. O condicionamento é realizado com altas doses de quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia, com a finalidade de destruir todas as células imunes para o recebimento de uma nova medula óssea.

 

2ª - O Dia Do Transplante (D Zero)

Após o paciente condicionar sua medula, ele receberá uma nova medula sadia, como se fosse uma transfusão de sangue por meio do catéter. O dia da transfusão é feito no Dia “zero”, um novo dia de aniversário para o paciente. As células-mãe transfundidas são levadas pela corrente sanguínea e se encaminham até a medula óssea, na qual irão se instalar e começar o processo de recuperação.

 

3ª - Pós-TMO

Esta fase é conhecida como aplasia medular, na qual há queda do número de todas as células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). Como a quimioterapia provoca a queda da produção de todas as células do sangue, tanto das doentes quanto das sadias, o paciente fica incapaz de se defender das infecções, recebendo assim um suporte por meio de transfusões das hemácias e plaquetas, além de receber medicamentos que estimulam a produção dos leucócitos, importantes para defesa contra infecções, e antibióticos.

 

4ª - "Pega Medular" 

Chamamos ‘Pega Medular’ quando a medula já consegue produzir sozinha as células do sangue em quantidades suficientes. A ‘pega’ da medula acontece quando a taxa de plaquetas alcança 20.000/mm³, sem necessidade de transfusão por dois dias seguidos e quando os leucócitos ficam acima de 500/mm³, por dois dias também.

Como cada caso é um caso, após a recuperação da medula (‘pega’), pode acontecer de serem necessárias transfusões e uso de medicamentos na veia, assim o paciente recebe a medicação no hospital e depois pode voltar para casa.

 

5ª - Cuidados Após Alta

Por último, após a alta, é importante adotar outros cuidados em casa, como:

- tomar os medicamentos indicados pelo médico, sempre nos horários certos;

- manter a casa limpa e esterilizada de acordo com a necessidade do paciente;

- evitar sol forte e sempre se lembrar de usar protetor solar FPS 30 ou 50;

- evitar ao máximo visitas em casa e não frequentar locais com grande fluxo de pessoas, como shoppings ou restaurantes.

Há outros cuidados que serão orientados pelo seu médico.

É muito importante que sejam seguidos fielmente! 

 

 

bottom of page